O QUE SERIA DE MIM SEM MINHAS AMIZADES...

terça-feira, 12 de julho de 2011

PARA REFLETIR........




O futuro é incerto. Amanhã o que vai ser de mim ?
Não é só questão de profissão. O que vou fazer de minha vida ?
O que vai me realizar ?
SER ou NÃO SER
O futuro dá medo. O novo, o desconhecido é sempre preocupante. Recebi um nome: Rio. Eu continuo caminhando porque o caminho tornou-se a minha força. Sou um Rio que se abre para a vida. Sou um rio alegre. Fecundo tudo ao longo das margens. Afinal, a minha vida não me pertence. Ela foi feita para ser doada, partilhada. Foi feita para o mar, para o novo, para o maior, para a partilha. E é isso que me impulsiona. Se não for assim torno-me como uma poça d’água, parada, que acaba apodrecendo.
O que você espera da vida?
A medida que caminho tenho que ir renovando as minhas forças. Apenas a minha vontade de caminhar não me garante o êxito da chegada. É que nessa minha dança frenética entre pedras e barrancos, às vezes, sinto que minhas forças diminuem. Imerso nos mil problemas, das correntes que me empurram para todos os lados, eu fico sem saber para onde caminhar, mas não posso parar diante das dificuldades. Então devo lançar-me uma, duas, muitas, infinitas vezes sobre as pedras para abrir passagem por onde caminhar.
Você já notou que raramente eu ando em linha reta? É que contornar montanhas e desviar-me de rochas não é apenas questão de gosto estético e geográfico. Na maioria das vezes é a minha única maneira de prosseguir... É este o segredo da vida! A vontade de viver, a ânsia de liberdade. E é isso que me mantém a cada dia mais forte, mais vivo.
Você gosta de viver?
Ao longo do meu caminho eu vou recebendo outras águas, pequenas, franzinas, outras mais fortes. Mas não importa o tamanho dessas águas, são elas que somadas, fazem de mim um rio. Elas mantém as minhas forças, ajudam a desafiar o desconhecido. Sei que devo ainda crescer, andar pra diante, compartilhar. Mas sei também que estou andando sobre um caminho meu, em direção ao mar, a minha felicidade.
Você sabe que as coisas começam pequenas, que o caminho começa com o primeiro passo?
Onde você deposita sua felicidade?
Para chegar ao lugar que quero, a felicidade, eu preciso canalizar as minhas águas por entre as pedras. Às vezes tenho que refreá-las e esperar momentos e condições adequadas para libertá-las. Ter consci6encia de que deixá-las correr livremente eu posso causar morte e destruição ao invés de vida.
Gostaria, gostaria muito que minhas águas pudessem correr livres e desimpedidas. Mas dispersá-las perderia força e iria correr o risco de não chegar ao mar.
E para você o que é a liberdade ?
Veja, as minhas águas continuam a jorrar. Gota a gota, levando fresdcor e alívio àqueles que estão sedentos. Sinto-me feliz em poder fazer issso. Sinto-me contente da vida que levo dentro de mim. Mas às vezes encontro terrenos áridos, secos, onde minhas águas aparecem. Então o meu orgulho me faz pensar que estou sendo magoado. Aí olho para as minhas margens e percebo com alegria, que não é a vida sendo desperdiçada, pelo contrário, é vida sendo compartilhada. O que eu dou cria possibilidade de vida para os outros. A natureza me retribui com as águas que vêm do alto revigorando-me, preenchendo-me de vida.
É um mistério. Um mistério que me faz muito feliz.
O que é que lhe faz feliz ?
Eu continuo caminhando para o mar e percebo em cada curva que posso ser útil. Vejo com alegria que cada dia é um novo dia, que me dá oportunidades de partilhar a vida. Meu objetivo é lançado no mar.
Esse é o sonho de todo Rio, conhecer a imensidão do Oceano. Mas, às vezes, eu sinto medo e é muito maior, maior do que eu. E é isso que me fascina e desafia. Essa mistura de medo e de fascínio que me impulsiona, me faz buscar. Se eu quiser chegar lá, o limite de ser é a imensidão.
Maria, Teresa, Cristina, José, João, Pedro...
para onde você está andando?
Onde você está indo ?
O que está procurando?

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